INAUGURAÇÃO, 2 ABRIL | 15h | LEIRIA
EXPOSIÇÃO COLETIVA DE FOTOGRAFIA + LANÇAMENTO DE LIVRO
02.04.2022 _
28.05.2022

Angles Morts
\\‘Zonas que estão fora do campo de visão’\\
Na origem da imagem fotográfica está a morte, a ausência, a lembrança. A fotografia não tem como objetivo imitar a vida mas antes prolongar a sua proximidade tornando presente o ausente através de vestígios.
O que faz da fotografia um objeto vivo é a existência de outra imagem invisível.
Angles Morts podem ser representados com pensamentos, ilusões ou através da distorção do real. A seleção para esta exposição foi feita pelo diálogo e cruzamento de linguagens visuais que estas imagens fotográficas nos ofereceram, um confronto de diferentes pensamentos, entre rastos e vestígios de memórias, uma busca pela intimidade e pela existência.
A nostalgia inerente aos trabalhos de Nibera, Ilaria Sponda e António Barata levam-nos ao universo do imaginário. Um paralelismo entre o passado e presente.
Dentro da objetividade da fotografia de Yago Barbosa, encontramos camadas invisíveis que nos transportam para um passado de costumes bem como para um inconsciente pelas formas vivas que predominam na imagem. Relacionando-se com o trabalho de André Coelho, num jogo entre a verdade e a ficção, visível e não visível. Para entender a sua obra é preciso entrar na imagem. Ver todas as camadas nela existentes. Tal acontece no trabalho de Margarida Bolsa. Angles Morts também são representados pela ausência. A ausência do corpo presente pelo seu lado intocável: a sombra e o reflexo. Por outro lado, o corpo físico também está presente na instalação de Tiago Leonardo através da representação dos ângulos mais inacessíveis do nosso corpo, colocados na sua ordem natural de observação.
O trabalho autobiográfico de Cláudio Albuquerque serviu de terapia para restaurar memórias passadas. Uma fotografia nunca é só uma representação do real porque usamos sempre a imaginação para a compreender, criando uma nova imagem dentro da sua objetividade baseada nas vivências de cada um. Com isto, focamo-nos no trabalho de Bruna Sirgado, na sua representação do imaginário e na incerteza do acontecimento.
Tudo se trata de espaço, o espaço que está fora do nosso campo de visão e que se abre para a imaginação.